quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Indios na Colônia Blumenau e Santa Catarina -= Catequese

A Região de Blumenau, em Santa Catarina, era habitada por povos indígenas antes da fundação da Colônia, como os Kaigangs e os Xoklengs, também conhecidos como botocudos (usavam botoques labiais e auriculares), majoritariamente nômades e que transitavam entre o Vale do Itajaí e o litoral catarinense.

Após o início da colonização européia em Blumenau, os conflitos entre indígenas e imigrantes europeus aumentaram ao passo que o território indígena era conquistado. Com frequência bugreiros eram contratados por imigrantes e empresas privadas na região – como Martinho Bugreiro e Ireno Pinheiro – para realizar sequestros e assassinatos de indígenas pois eram considerados “ameaça à civilização.

"Geralmente os bugreiros atacavam por tocaia, à noite, matavam todos os adultos, poupando algumas mulheres e crianças, que eram levadas para as cidades de Blumenau, Florianópolis e outras localidades, onde eram batizadas e adotadas por famílias burguesas ou por religiosos, como o Monsenhor Topp, que adotou um menino Xokleng e argumentava que as crianças deveriam ser poupadas para, depois de treinadas, ajudar na atração de seus parentes. Nesta época, o início do século XX, ganha força a idéia de se atrair os índios e não matá-los, apesar de nos municípios de Blumenau, Joinville, Lages, Orleães, entre outros, os índios continuarem a ser vistos como obstáculo para o progresso, e portanto a serem mortos por bugreiros.                                 " (fonte:  https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xokleng)

 

Xokleng e colonos alemães Rio Plate, Blumenau 1929. Acervo: Museu Paranaense


Como pode ser lido no Ofício fo de 24/12/1862, o governo recomendava que não haja violência 
contra os indigenas mas os Colonos desobedecendo contratavam assasinos profissionais ou seja 
os bugreiros.

Como pode ser lido abaixo não deve ser usada violência contra os indios mesmo que eles roubem dos colonos. O colono, como no exemplo, era indenizado pelas perdas provocadas pelos índios.  Com todas estas medidas, os colonos eram mandantes dia assassinatos dos índios. 

Recordando: A lei do ventre livre só foi assinada em 1871, ou seja, nove anos antes das recomendações referentes aos índios. Havia um tratamento diferenciado.

Transcrição paleográfica:


"[fl.n.496] [354] 1862 Dezembro 24. Ofício de João Lins Vieira Cansansão de Sinimbú ao Presidente da Província de Santa Catarina, informando estar ciente dos fatos ocorridos na colônia Blumenau com o aparecimento de índios selvagens. Recomenda o emprego de todos os meios para assegurar a vida dos colonos e solicita que não haja violência contar os índios.
Rio de Janeiro. Doc.354, fl.n.496. N.° 89 Secção Directoria das Terras Publicas e Colonisação Rio de Janeiro Ministerio dos Negocios da Agricultura Commercio e Obras Publicas em 24 de Desembro de 1862.
Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor.
    Tenho presente o officio de Vossa Excelência de 8 do corrente mez em que participa as  providencias que deu por occasião dos factos occorridos na Colonia Blumenau com o apparecimento de Indios selvagens;
    e approvando-as tanto na parte concernente á força necessaria a manutenção da segurança n’aquelle estabelecimento, como no tocante á auctorisação dada ao respectivo Director para fornecer ferramentas e utencis agricolas ao Colono Christiano Holler ate a importancia de Reis 70$000 como indemnisação dos que lhe forão roubados por aquelles selvagens, recomendo-lhe o emprego de todos os meios accommodados a assegurar a vida e a propriedade dos moradores da Coloniasem, com tudo, servir-se de violencia contra os Indios senão na deficiencia de qualquer outro recurso, e aguardo a communicação de quaesquer eventualidades que ulteriormente se hajão realisado. 
Deus Guarde a Vossa Excelência.
João Lins Vieira Cansansão de Sinimbú.
Senhor Presidente da Provincia de Santa Catharina. R  "

 

"[fl.n.134] [99] 1861 Agosto 28. Circular de Manoel Felizardo de Souza e Mello ao Presidente da Província de Santa Catarina, solicitando que se proceda averiguações a cerca de vários quisitos referentes a serviços de catequese e civilização de índios. Solicita brevidade nos resultados.
Rio de Janeiro. Doc.99, fl.n.134-135v.

Circular. Directoria das Terras Publicas e Colonisação. Secção. Rio de Janeiro. Ministerio dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas em 28 de Agosto de 1861.

        Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor.

    Sendo urgente methodisar o serviço da Catechese e Civilisação dos Indios, por tal aneira que os esforços e o dinheiro que forem applicados a semelhante empenho deem o proveito desejado, convem que Vossa Excelência, quanto antes, proceda a averiguações acerca dos seguintes quesitos:

-1º quantos aldiaentos existem n’essa Provincia e em que data forão fundados;

 -2º de que tribus e de que numero de[sic] almas se compõe;

- 3º quaes as inclinações e os costumes e caracteristicas de cada uma dessas tribus;

- 4º de que desenvolvimento intellectual e moral são os Indios susceptiveis;

- 5º que meios são necessarios para conseguil-o;

-6º o que se ha feito para lhes ensinar as primeiras lettras e as artes fabris;

- 7º que causas tem até o presente obstado a essa obra civilisadora;

-8º que meios é mister empregar para removel-os;

-9º que relações mantem os aldeiamentos com as povoações circunvisinhas;

-10º que patrimonio foi annexado a cada aldeiamento;

-11º que cultura é applicavel ao seu torrão;

-12º quaes são as rendas das aldeias, quanto especialmente produz o arrendamento ou aforamento das [fl.n.134v] terras, como tem sido distribuidas essas rendas, e por quem;

- 13º se as terras do Patrimonio de cada aldeia temm sido conservadas ou usurpadas, e se arrendadas aforadas ou vendidas, e por que auctoridade;

-14º se tiverem sido usurpadas, emm que data, exacta ou provavel, se effectuarão essas invasões, e por qem;

-15º que providencias tem-se dado para reprimir os abusos comettidos contra os Indios;

-16º quantos Missionarios e Cathechistas existem n’essa Provincia em effectivo exercicio e como tem procedido;

-17º se ha ahi Clerigos, seculares ou regulares, em circunstancis de serem aproveitados no serviço da Catechese;

-18º quantas tribus ainda se achão no estado selvagem e em que districtos;

-19º que probabilidade ha de chamal-os á Civilisação;

- 20º o que consta acerca de cada uma em tempos anteriores e que eios se tem empregado para domestical-os; 

-21º que medidas são mais accommodadas a boa direcção das tribus aldeiadas e por aldeiar;

-22º se os Indios podem dispensar a tutella dos Directores, para se lhes distribuir lotes de terras, e se vender o res[sic][fl.n.135] der o restante;

-23º e que noticia ha dos Indios que abandonarão os aldeiamentos.

    Todos estes pontos e quaesquer outros connexos, que, por ventura, se suggerirem a Vossa Excelência, cumpre sejão esclarecidos e esplicados pela maneira mais minuciosa, especificada, e cabal para satisfação dos desejos do Governo Imperial em tão rave assumpto.

    E se não parecerem a Vossa Excelência sufficietes os trammites, pelos quaees ordinariammente se procede a informações é auctorisado a encarregar do trabalho de colhel-as a uma pessôa de reconhecidas habilitações e zelo provado, que estude as diversas questões até, se fôr preciso, nos proprios logares, a que se refirão, mediante uma gratificação rasoavel.

    O intuito do Governo Imperial é adquirir a maior somma possivel de luzes sobre a Catechese e Civilisação dos Indios: para conseguil-o ha mister que sejão postas em contribuição todas as pessôas aptas em auxilial-o com deligencia e acerto em suas beneficas intenções.

    Es[sic] [fl.n.135v] Espero, por tanto, que Vossa Excelência com a possivel brevidade me transmitta os resultados das indagações, que lhe recommendo, á proporção que os fôr obtendo, não convindo que os  demore para envial-os todos ao mesmo tempo.
    Deus Guarde a Vossa Excelência. 
Manoel Felizardo de Souza e Mello.
Senhor Presidente da Provincia de Santa Catharina"


(Fonte: Transcrição paleográfica [OFÍCIOS DO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS DA AGRICULTURA, COMÉRCIO E OBRAS PÚBLICAS PARA O PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA DE 1861 1862.]) 

Patriarca Enke, C.G.Enke - Navio Roska em 1861

Transcrição de partes constantes em ofícios da Província do Estado de Santa Catarina relativas a viagem da Alemanha para o Brasil, de Gottlob Christian Enke, abreviado nos documentos como C.G.Enke natural da cidade de Weimar do Estado da Turíngia. 

A filha, Wilhelmine, a esposa, Christiane Friederike n. Picker,  e o filho, Gottlob, vieram para o Brasil antes do Pai.  A filha, Wilhelmine, veio em 1855 com Friedrich Hadlich. A mãe e o filho Gottlob em 1860  e o pai veio de 1861.

"[fl.n.111] [83] 1861 Agosto 9. Ofício de Manoel Felizardo de Souza e Mello ao Presidente da Província do Estado de Santa Catarina, informando sobre a vinda de 138 imigrantes para a província, sendo 94 para a Colônia Blumenau e 44 para a de Dona Francisca.
Rio de Janeiro. Doc.83, fl.n.111. Nº 58. Directoria das Terras Publicas e Colonisação. Secção. Rio de Janeiro. Ministerio dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas em 9 de Agosto de 1861.
Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor.
    Havendo o Consul Geral do Brazil em Hamburgo participado ter partido d’aquelle porto a 25 de Junho proximo passado o navio Dinamarquez = Roska = com destino ao Itajahy Grande, com escala pelo porto de São Francisco, condusindo 138 colonos, dos quaes 94 vão para a Colonia Blumenau, e 44 para a de Dona Francisca, recomendo a Vossa Excelência que preste áquelles colonos toda a protecção e mais favores do costume, conforme declarei a Vossa Excelência em Avizo de 7 de Junho proximo findo sob nº 26, por occasiao de outra expedição.
    Deus Guarde a Vossa Excelência.
    Manoel Felizardo de Souza e Mello.
    Senhor Presidente da Provincia de Santa Catharina."

"[fl.n.114]  [86] 1861 Agosto 14. Ofício de Manoel Felizardo de Souza e Mello ao Presidente da Província do Estado de Santa Catarina, solicitando que preste aos 138 colonos vindos para esta Província, toda a proteção e mais favores de costume. Rio de Janeiro.
    Doc.86, fl.n.114. 
    Nº 60. Directoria das Terras Publicas e Colonisação. 2ª Secção. Rio de Janeiro. Ministerio dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas em 14 de Agosto de 1861.
    Illustríssimo e Excelentíssimo Senhor.

          Havendo o Consul Geral do Brasil em Hamburgo participado por officio de 28 de Junho ultimo, ter partido a 25 do mesmo mez d’aquelle porto o navio “Roska” capitão Nissen com noventa e quatro colonos para a Colonia Blumenau e quarenta e quatro para a de Dona Francisca, com destino à Villa do Santissimo Sacramento no Itajahy Grande, e com escala pelo porto de São Francisco, assim o communico a Vossa Excelência, recommendando-lhe que preste a aquelles colonos toda a protecção e mais favores do costume.

    Deus Guarde a Vossa Excelência.

    Manoel Felizardo de Souza e Mello. 

    Senhor Prezidente da Provincia de Santa Catharina.

Escrito com outro punho: (Parece-me que já veio outro aviso com a mesma  communicação: é preciso verificar)"

 

"[fl.n.115] [87] 1861 Agosto 14. Ofício de Manoel Felizardo de Souza e Mello ao Presidente da Província do Estado de Santa Catarina, solicitando que este transmita ao Diretor da Colônia Blumenau os contratos e as relações nominais para seu conhecimento.

ANEXO: Lista dos colonos. 

    Rio de Janeiro. Doc.87, fl.n.115-118v.   

    Nº 61. Directoria das Terras Publicas e Colonisação. Secção. Rio de Janeiro. Ministerio dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas em 14 de Agosto de 1861.

    llustríssimo e Excelentíssimo Senhor.

    Em additamento ao meo Aviso d’esta data remetto inclusas a Vossa Excelência duas listas dos colonos que partirão da Europa para essa Provincia com destino à Colonia Blumenau, constando uma dos nomes dos 94 colonos, aque se refere aquelle Aviso, e outra das familias d’aquelle numero, que receberão adiantamentos ou subsidios, e que Vossa Excelência fará estabelecer de conformidade com os contractos celebrados por elles no Consulado Geral do Brasil em Hamburgo, que Vossa Excelência encontrará inclusos, convindo que depois de tomadas as convenientes notas na Secretaria d’essa Presidencia, Vossa Excelência transmmitta os contractos, e as relações por copia ao Director da Colonia Blumenau para seo conhecimento e execução.

    Deos Guarde a Vossa Excelência.

    Manoel Felizardo de Souza e Mello.

    Senhor Prezidente da Provincia de Santa Catharina.

[fl.n.115] À margem superior: Escrito com outro punho: Cumpra-se

[fl.n.116] Copia ,, Conta demonstrativa da expedição dos Colonos partidos em 25 de Junho á bordo do navio “Roska” Capitão Nissen, com destino para a Colonia = Blumenau = com subsidios para as passagens por conta do Governo Imperial segundo as obrigações de que junto dois exemplares."

"[fls.66] nº 82 C.G.Enke proveniente de Weimar  58 anos dito(agricultor) protestante. (está em branco e não consta adiantamento de subsidios)"


(Fonte: Transcrição paleográfica [OFÍCIOS DO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS DA AGRICULTURA, COMÉRCIO E OBRAS PÚBLICAS PARA O PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA DE 1861 1862.])

sábado, 23 de novembro de 2024

Família Viebranz -Navio C.F. Funch - Passagem

Friedericke Laffin nascida Viebranz, esposa de August Laffin, veio com sua família no mesmo navio que Friedrich Viebranz e família. 
Na pesquisa no Arquivo Nacional (fonte: BR_RJANRIO_OL_0_RPV_PRJ_00045) relativa ao navio C.F.Funch encontramos o recibo de Friedrich Viebranz da viagem da Antuérpia para o Brasil.



Transcrição: Certifico pela presente, passada em quatro exemplares, valendo só um deles ser recebido pelo Srs Lobedan & Co. em Antwerpia por conta do Governo Imperial do Brasil, a passagem integral a Colônia Blumenau a bordo do vapor C.F.Funch importando para mim e minha família Thalers de Prússia quatro centos e cincoenta e cinco inclusive a diferença de passagem de cincoenta Thalers por adulto.

Antwerpen, den 1 April 1876

Thlr. 455  - Viebranz

(.....) Friedrich Viebranz (.....)

Nota: A mnoeda Thaler era usada antes da criação do Império Alemão em 1871. As moedas de Táler foram válidas até 1907 como meio de pagamento estabelecido em lei e correspondente a 3 marcos (moeda do Império Alemão) Fonte: Thaler da Prússia

Passageiros do C. F. Funch Friedrich Viebranz e esposa Wilhelmine e
os 6 filhos: Albert(7), Auguste(20), Carl(14), Fredrich(9), Theodor(4)  e Wilhelm(17)


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Familia Laffin - Navio C.F.Funch - Passagem

Na pesquisa no Arquivo Nacional (fonte: BR_RJANRIO_OL_0_RPV_PRJ_00045) relativa ao navio C.F.Funch encontramos o recibo de August Laffin relativa a viagem para o Brasil.

Recibo de August Laffin no C.F. Funch

Transcrição: Certifico pela presente, passada em quatro exemplares, valendo só um deles ser recebido pelo Srs Lobedan & Co. em Antwerpia por conta do Governo Imperial do Brasil, a passagem integral a Colônia Blumenau a bordo do vapor C.F.Funch importando para mim e minha família Thalers de Prússia trezentos e oitenta e cinco inclusive a diferença de passagem de cincoenta Thalers por adulto.

Antwerpen, den 1 April 1876

Thlr. 385  - Laffin

..... August Laffin ...... 

Nota: Thalers era a moeda antes da criação do Império Alemão em 1871. As moedas de Táler foram válidas até 1907 como meio de pagamento conforme estabelecido em lei e correspondente a 3 marcos (moeda do Império Alemão) Fonte: Thaler da Prússia

August (38) e esposa Friedericke (35) e os 6 filhos:
Bertha (3), Carl (12), Gustav (1), Hermann (7), Reinhard (5)e Wilhelm (9).



quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Família Enke e Bohmann - Cidades de Nascimento

1- Família Enke

O ascendente Gottlob (Deodato) Enke, nasceu ou residiu na cidade de Dreba, Neustad e eram Turíngios.

Dreba é uma localidade e antigo município da Alemanha localizado no distrito de Saale-Orlaestado de Turíngia. Pertence ao Verwaltungsgemeinschaft de Seenplatte.[] Desde dezembro de 2019, forma parte do município de Neustadt an der Orla.

O Dreba município localizado no extremo norte das Seenplatte.] cerca de dez quilômetros ao sul de Neustadt an der Orla. As comunidades adjacentes são Weira, Dittersdorf, Plothen, Volkmannsdorf e KNAU na Saale-Orla.

Dreba na Turíngia

Site: https://www.dreba-online.de/

2 - Família Bohmann

A ascendente Fridericke Enke nata Bohmann, nasceu ou residiu na cidade de Remptendorf e eram Turíngios.

Remptendorf é um município da Alemanha localizado no distrito de Saale-Orlaestado da Turíngia.


Distância entre Dreba (Família Enke) e Remptendorf (Família Bohmann) é de 23 km significando que as duas famílias, oriundos da Thuringia, moravam em cidades próximas.

Turíngia (Thüringen)

Localizada na região central da Alemanha, a Turíngia faz fronteira com cinco estados federados. Cidades como Erfurt e Weimar são importantes centros históricos e culturais da Alemanha. Erfurt é a capital e a maior cidade.. Outras cidades são JenaGera e Weimar. Thuringia é limitada  pela BaváriaHesseBaixa SaxôniaSaxônia, e Saxônia-Anhalt,

É conhecido pelas amplas florestas, com picos de montanhas e vilarejos medievais. Sua capital é Erfurt, que abriga a Catedral de Erfurt, do século 8, onde foi ordenado Martinho Lutero, figura central da Reforma Protestante. Como monge, Lutero viveu no mosteiro medieval Augustinerkloster. Zitadelle Petersberg é uma imponente fortaleza barroca fora da cidade. 

Thuringia (em vermelho) é um dos 16 estados da Alemanha.


Ev. Augustinerkloster zu Erfurt, (capital) Thuringen

sábado, 9 de novembro de 2024

Família Mette - Conrad Mette e Friedericke Müller

A Família Mette, entre os meus ancestrais, é mais uma das famílias pioneira. Eles chegaram no ano de 1868 em Blumenau. 

Não encontrei dados sobre Fredericke Muller e seus pais.

De acordo com a "Lista de Moradores da Colônia Blumenau em 1869", p.10, VII- Distrito do Rio Itajaí, margem direita, número 130, moravam com o chefe de família Conrado Mette, 4 homens e 3 mulheres, sendo 2 adultos com mais de 20 anos, 3 menores entre 20 e 10 anos de idade, 2 menores entre 10 e 01 ano de idade, totalizando 7 pessoas.

Moradores da Colonia Blumenau em 1869 
- número130 = Família de Conrado Mette
Vamos encontrar de novo o nome da família Mette na p. 135, Navio Washington da "Lista de Imigrantes do Arquivo Histórico de Joinville", transcrito como Motte: 
MOTTE (Mette), Conrad: 38 anos, lavrador, Schöningen, Braunschweig, c/ mulher Friedericke (37), filhos Hinrich (14), Friedericke (11), Hinrich (10), Marie (7), Carl (5). 

Resumindo e comparando os dados: 2 adultos, Conrado e Friedericke com mais de 20 anos; 3 menores entre 20 e 10 anos, Hinrich, Friedericke, Hinrich e 2 menores entre 10 e 1 ano, Marie e Carl. 

De acordo com os registros dos imigrantes que chegaram até 1869 na Colônia de Blumenau, temos o seguinte:

"Der am 1 September 1868 mit dem Schiffe Washington, Capt. Jöns nach Blumenau die beförderten Personen welch den Regierungs Zuchuss erhalten haben 

com 3 adultos e duas crianças (Conrad, Friederike e  Johanna, 2 crianças: Heinrich e Marie)".

Lista de imigrantes de Joinville - p. 134 - Navio Washington

Lista de Imigrantes de Joinville, p. 135 - Motte, Conrado



Famílias Evangélicas de confissão Lutherana da colônia Blumenau Período: 1856 – 1940

p. 213, Família Gottfried (Gottlob) Gunther no
 "Pioneiros da Colonia Blumenau

"GÜNTHER, Gottfried (trisavô) oo Luise n. Carls (trisavó)
Filhos:
F. Louis Günther (bisavô) * 30.03.1859 de Rheinstedt, Rheinland, Alemanha casou aos 18.12.1881 com Anna Friedericke Marie Mette (bisavó)* 27.11.1860 de Schöningen, Rheinland, filha de Friedrich Conrad Mette (trisavô) e Anna Magdalena Elisabeth n. Müller (trisavó). Testemunhas: Gustav Muller e Laura Kistner.
Filhos:
N. Friedericke Maria Louise Günther * 31.05.1882  
N. Hermann Heinrich Conrad Günther * 06.04.1886 Ilse
F. Minna Günther * 08.03.1861 de Bernburg Anhalt, oo Otto STARKE 
F. Auguste Emma Günther * 14.03.1864 de Bernburg Anhalt, oo Gustav SPONHOLZ
F. Ernst Günther * 12.05.1871 em Itoupava, colono na Estrada Carolina, casou aos 08.06.1898 com Therese Marie Johanna Schmidt * 26.09.1875 de ?, filha de Otto Schmidt, colono em Itoupavazinha, e Johanna n. Fischer. Testemunhas: Adolf Krutzsch, Carl Volles, Else Schaper e Ida Schmidt. Ato civil na mesma data."
p.463 Familia Conrad Mette no
"Pioneiros da Colonia Blumenau"

E para Conrad Mette,  temos na p. 463 para Família de Conrad Mette (Friedrich Conrad Mette) do Pioneiros da Colônia de Blumenau:

"METTE, Conrad  (meu trisavô oo Friedericke n. Müller (minha trisavó) 
Filhos:

F. Johanna Friederike Mette* 24.09.1850 de Thaden, oo Hinrich D. HARBS 
F. Heinrich Mette * 12.01.1859 de Schöningen, casou em Badenfurt aos 02.12.1880 com Charlotte Bruch * 06.04.1861 de Oberbronn, filha de Carl Bruch e Charlotte n. Schneider. Testemunhas: Rudolf Bruch e Jacob Lietzenberger.
Filhos:
N. Charlotte Friederike Alwine Mette * 22.06.1881 Itoupavazinha
N. Auguste Friedericke Maria Mette * 29.10.1882 Itoupavazinha
N. Maria Catharina Helena Mette * 09.01.1884 em Itoupavazinha, oo Friedrich H. E. HADLICH 

F.  Anna Friederike Marie Mette (minha bisavó) * 27.11.1860 de Schoeningen, Braunschweig, oo Louis Günther (meu bisavô) casou aos 18.12.1881.

 

No site Billion Graves, aparecem os dados do casal, onde seu nome aparece como Ludwig, e no da igreja como Louis e no registro civil como Luis:

Cemitério de Badenfurt: Ludwig (Louis)Günther e Marie Günther n. Mette 


Louis (Ludwig) e Marie são pais da minha avó paterna Maria Lafin nascida Günther.
Maria casou-se com Johann Lafin.  Meu pai João Luiz Lafin, nascido em 06/09/1924, é filho de Johann e de Maria Lafin.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Família Lafin, Viebrantz, Ott e Blank - cidades de nascimento


A vila Groβ Dewsberg (polonês:Dziwogóra),Polzin/Pomerânia/Prússia é a localidade de onde veio a Família Lafin e Viebrantz  e a vila Groβ Rambin (Rabino)/ Polzin/Pomerânia/Prússia é da origem da Família Blank e Ott.

1 - Groβ Dewsberg 

A vila Groβ Dewsberg da Pomerânia (alemão: Provinz Pommern) era uma província do Reino de Prússia e do Estado Livre da Prússia de 1815 a 1945. A partir de 1871, passou a integrar o Império Alemão (Deutsches Reich). Após a dissolução da Alemanha Nazista em 1945, a Pomerânia foi dividida entre a Polônia e a Alemanha ocupada pelos Aliados.

Os pomeranos ou pomerânios (em alemão: Pommern) são um povo originário da Pomerânia, na Região do Mar Báltico, entre as atuais Alemanha e Polônia. A lingua original desse povo é o pomerano mas, desde o século XIX, o alemão também passou a ser usado na Pomerânia.

Nota: Tanto Groβ Dewsberg Groβ Rambin ficam a uma hora de carro do mar Báltico e atualmente situados na Pomerânia Ocidental na Polônia.

Termas de Polzin, na Polônia

História de Groß Dewsberg

Uma propriedade feudal na Pomerânia foi chamada de Groß e Mittel Dewsberg e a vila de Klein Hammerbach tambem fazia parte da propriedade.  No local existiam 7 casas e algumas oficinas.  Na vila de Klein Hammerbach existia a fabricação de foice e de tubos. 


As igrejas registravam as pessoas e com a fundação de um cartório de registro civil  em 1874, este passou a ser responsável pelo registro de pessoas no lugar das igrejas.  O cartório estava localizado na cidade de Buslar na Pomerânia/Prússia.

Groβ Dewsberg pertencia a antiga Gemeinde Hohenwardin em Kreis Belgard (1)


Groβ Dewsberg depois pertenceu a região de Bad Polzin na Pomerânia e depois da 2ª Guerra Mundial foi anexado a Polônia e mantém o status de cidade polonesa até hoje. Bad Polzin chama-se Polczyn Zdrój em polonês e Dewsberg é Dziwogóra.

Fonte: (1)  Der Wohnort Groß Dewsberg e  igrejas de registro e 

Nota: Conseguimos rastrear registros de nascimento e óbito em sitios da Polônia e da Alemanha, somente após o ano de 1874 e para 3 filhas de Wilhelm Balnk e Louise Ott, nascidos após o referido ano e em Groβ Rambin (ver familia Blank).

Historia da Pomerânia mostrando que Dewsberg atualmente faz parte da Polônia.


Pomerania da Prússia, Liga Alemã, Império Alemão, Alemanha e Polônia.





2 - Groβ Rambin - Família Blank e Ott (Louise)


família Blank morou e viveu em Groβ Rambin (alemão) ou Rabino (polonês) antes de imigrar para o Brasil. (ver Família Blank)
"A antiga vila agrícola Groß Rambin com a empresa Grünhof, uma vez chamada Welchen ou Woldchen, e Wolzin está localizada em Muglitz, próximo à linha ferroviária a meio caminho de Belgard para Schivelbein.   
O distrito Rambin Groß pertence ao Messtischblatt No. 2161. 
O nome do local Rambin baseia-se nas palavras »ramb« ou »rab«, que significa desmatamento, corte de madeira, exploração de madeira. A partir do nome, podemos concluir que anteriormente existiam grandes florestas nas proximidades. As terras ​​foram cultivadas de acordo com o método moderno de economia de terra. "

 https://belgard.org/orte/wohnplaetze/#G


Conclusão sobre procedência: Familias Laffin, Viebrantz, Blank e Ott

Os meus trisavós, familia Laffin, Viebrantz, Blank e Ott moraram na Pomerânia. A distância da Dziwogóra,  Voivodia(província) da Pomerânia Ocidental/Polônia  (Groβ Dewsberg) onde moraram os Lafin e os Viebrantz (trisavós paternos) até Rabino, Voivodia (província) da Pomerânia Ocidental/Polônia onde viveram os Blank e Ott.



As duas cidades pertenciam a Pomerânia na Prússia, depois ao Deutsches Reich e hoje ambas integram a Pomerânia Ocidental da Polônia, portanto estes 4 ramos da família são de Pomeranos da Alemha e hoje Polônia

Nota: A província da Pomerânia (alemão: Provinz Pommern) era uma província do Reino de Prússia e do Estado Livre da Prússia de 1815 a 1945. A partir de 1871, passou a integrar o Império Alemão. Após a dissolução da Alemanha Nazista em 1945, seu território foi dividido entre a Polônia e a Alemanha ocupada pelos Aliados.




Mar Báltico - Polônia