Recordo a Oma Lafin ou melhor Maria Lafin nascida Günther, sentada no sofá da saleta contando histórias de sua infância, tais como:o meu bisavô Ludwig Günther, faleceu por causa de uma mordida de cobra enquanto cuidava de sua roça situada no bairro de Badenfurt / Blumenau, ou sobre a família de seu marido ou então das viagens dos ancestrais da Alemanha para o Brasil etc.
Ela cultivou o hábito de contar histórias familiares ou ler romances, sempre conversava comigo em alemão, enquanto eu lhe fazia companhia. Seu marido, Johann Lafin, faleceu aos 60 anos e ela atingiu a idade de 84 anos, portanto viveu mais de 24 anos após da morte de seu cônjuge. Ela morava sozinha, após o falecimento do marido, na sua casa na Vila Nova até o seu óbito e nunca quis mudar para casa de um dos dois filhos, tanto na do João Luiz ou tanto na da Hildegard.
Quando o marido faleceu por algum tempo, ela manteve as duas vacas leiteiras, os gansos, patos e galinhas. Vendia o leite e a nata excedentes, também fazia manteiga e queijo branco.
Depois passou a alugar parte da casa, que foi dividida parte para locação e parte para própria moradia, para maior segurança e liberdade pessoal, mantendo a privacidade.
Eu aprendi o hábito da leitura. Muitas vezes, durante as visitas, lia para ois netos, os seus romances (DEUTSCHE ROMANE).
Outra tradição de origem alemã que manteve durante anos, foi o fazer pão caseiro no forno a lenha, os tradicionais "Weinachtskuchen" confeitados com açúcar batido com clara de novo em neve. Colocava as netas, a filha e a nora para ajudar e se divertir fazendo os biscoitos (Weinachtskuchen), pães e cucas para festa de Natal. O "Tannenbaum" (pinheiro) era oferecido pelo meu avô Johann para os dois filhos e era costume enfeitar com velas e na noite de Natal, cantar em frente a ARVORE enfeitada. Nós iniciávamos, a ida as casas dos avós, tios e pais, pela na casa de Johann, em seguida da Tana (Tante Hildegard) e por ultimo na de meu pai, João.
Sempre se cantava entre as várias músicas:
O Tannenbaum, o Tannenbaum,
Wie schön sind deine Blätter!
Du grünst nicht nur zur Sommerzeit,
Nein, auch im Winter, wenn es schneit.
O Tannenbaum, o Tannenbaum,
Wie schön sind deine Blätter!
O Tannenbaum, o Tannenbaum,
Du kannst mir sehr gefallen!
Wie oft hat nicht zur Weihnachtszeit
Ein Baum von dir mich hoch erfreut!
O Tannenbaum, o Tannenbaum,
Du kannst mir sehr gefallen!
O Tannenbaum, o Tannenbaum,
Dein Kleid will mich was lehren:
Die Hoffnung und Beständigkeit
Gibt Mut und Kraft zu jeder Zeit!
O Tannenbaum, o Tannenbaum,
Dein Kleid will mich was lehren!
O interessante durante a pesquisa foi confirmar as historias (informações) da minha avó, Maria Lafin nascida Günther, e minha mãe, Herta Lafin nascida Schwab.
Na nossa casa e na dela, também era mantida a tradição Páscoa de procura do chocolate e ovos de Páscoa escondidos, pintados ou enfeitados com papel celofane colorido, recheados com amendoim torrado e acuçarado ou com balinhas coloridas, pelo jardim da casa e outros esconderijos. Uma tradição alemã que eles mantiveram, durante toda nossa infância. Hoje existem festas tradicionais, Osterfest, promovidas pelas prefeituras de Blumenau e Pomerode
Johann Lafin e seu registro de nascimento
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Johann Lafin + registro de nascimento em 08/02/1902 |
No registro feito pelo Inspetor de quarteirão, podemos ver a mudança do sobrenome de Laffin com dois F para Lafin com um F, bem como o aportuguesamento do nome Hermann para Germano.
O nome dos avós paternos são mencionados como Augusto e Frederica e diz ignorar o nome dos avós maternos.
Nota: A avó materna, Carolina Roehrig nascida Blasberg, era viúva e moradora da Itoupava e o avô Andreas Roehrigs, já falecido.
Falta verificar se outros irmãos também ficaram com o sobrenome alterado.
O casamento de Johann com Maria Günther foi realizado em 22/08/1923 na cidade de Blumenau. de acordo com os registros oficiais abaixo:
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Parte inicial do registro de casamento |
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Parte dois do registro de casamento (nome dos pais de Maria e as testemunhas) |
Johann Lafin é natural de Blumenau e morador do bairro Itoupava e Maria Günther é natural de Blumenau e moradora de Badenfurt.
O padrinho, Fritz Mette morava na Itoupavazinha e o Hermann Koch, no centro da cidade.
Fonte: https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-65ZS-FP8
Fonte: Bilion Graves. Foto de Werner (Johann Lafin): https://billiongraves.com/grave/Johann-Lafin/22234557
Bilion Graves Foto de Werner (Maria Lafin nascida Günther): https://billiongraves.com/grave/Maria-Lafin/22234556
Bilion Graves Foto de Werner (Maria Lafin nascida Günther): https://billiongraves.com/grave/Maria-Lafin/22234556
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Maria Gunther (n 75) nascida em 01/08/1904 em Blumenau |
Maria nasceu em 01/08/1904, filha de Louis Gunther e de sua mulher, Maria, naturais da Alemanha (bisavós).
Trisavós paternos: Gottfried e Luise Gunther (nascida Carls).
Trisavós maternos: Conrado e Frederica Mette
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Maria LAFIN nascida Günther |
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